19 de junho de 2006

Soneto da Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zêlo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e darramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contetentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, pôsto que e chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes


2 comentários:

Anônimo disse...

pqp! visconde de sabugosa! garboso powa!

Anônimo disse...

Prima,adorei o blog de variedades!
Ta de parabéns..muito bom o texto da bruxa!
Ja te linkei no meu blog e agora vou entrar aqui sempre!
Te adoro !
bjoo