29 de janeiro de 2015

Pouco tempo

Sempre tive vontade de ter um gato em casa, quando era solteira tinha oito peludinhos em casa, cada um com uma historia, mas depois de casada tentei uma vez, mas sem sucesso, os gatinhos não se adaptaram e foram embora.
Finalmente meu marido teve a vontade de ter um gato em casa de novo, deixando todo mundo feliz, e eu, mais que depressa achei um para adotar.
Era uma ninhada grande e a dona dos gatos insistia para q eu pegasse um deles, mas qndo peguei no colo ele reagiu e não queria.
Como já tive uma experiência não muito agradável, não tive dúvidas, não pegaria nenhum gato que não me escolhesse. E foi então que o mais magrelinho de todos saiu da caixa e me chamou. É, ele me chamou, pediu colo e me escolheu, meu R2D2.
Na pior fase da vida ele veio e trouxe alegria para nossa casa. Um maloqueiro sem limites, todos, ate o Gui que sempre foi averso à gatos se apaixonou.
Fiquei um mês com ele, foi o alívio pra nossa dor, foi amigo, companheiro, um verdadeiro anjo.
Se existir céu dos gatos, ele foi pra lá.
Culpa e saudade se misturam, dando uma sensação horrível de impotência.

28 de janeiro de 2015

R2D2

Ontem foi um dia triste.
O nosso querido gatinho, maloca e safado se enfiou em uma brincadeira que não teve um final feliz.
Recebi uma ligação para voltar para casa imediatamente, e quando cheguei meu lindinho já estava sem vida.
Achamos que foi por conta de um colírio que as crianças encontraram, mas segundo o veterinário foi engasgado com algo. Independente do que foi, ele não está aqui, e eu me sinto incompetente, responsável por esse acidente terrível. Não fui boa o suficiente para esse ser tão frágil.
Ele ficou um mês só aqui, e foi tempo suficiente para encantar a família toda, nós amamos esse ser e toda vez que penso no meu R2 não consigo segurar o choro.
Falar que isso acontece não adianta, não alivia o peso da responsabilidade sobre o que aconteceu.
Eu to com saudade dele, não sei o que fazer, ganhamos hoje outro gato, lindo, que será muito amado, mas terá o seu lugar, nunca o lugar do R2.

11 de janeiro de 2015

A preocupação virou medo.
Medo real, e eu não sei lidar com isso.
Todas as fichas acabaram, e ficou só o medo.
Se nem perguntas eu tenho mais, como ter respostas?
Puta que pariu, de que serve toda essa capacidade critica, toda essa habilidade para ajudar o próximo, se eu não consigo me ajudar? De que serve tanta leitura, tanta cultura, se na prática, nada pode ser aproveitado, ou se não sou capaz de aproveitar?
Nem criatividade, e coragem, e caráter para delitos eu tenho, se tivesse talvez uma dessas três características, as coisas não chegariam onde chegaram.
Empurrar a vaquinha sem terra para cultivar, onde eu estava com a cabeça?
Aí eu vejo 3 pares de olhinhos dependentes de mim e me pergunto se existe justiça, pois se existisse, eles não precisariam ver essa mãe apavorada. 3 pares de olhos que mereciam apenas o melhor.

Aguardando um milagre, em algum lugar ele precisa existir.

8 de janeiro de 2015

Problema

O problema não é Deus, mas as religiões.
A partir do momento em que o ser humano coloca sua mão suja na crença dos outros, tudo começa a feder.
O problema não é a medicina, mas os que abandonam juramento de Hipócrates e não atendem pacientes, só clientes, e o tipo  atendimento é diretamente proporcional à quanto ele vai lucrar.
O problema não são as redes sociais, mas os educadores que permitem que ela seja a babá de seus filhos, que não controlam o que eles acessam.
O problema sempre, em qualquer situação, esta ligado ao egoísmo, ao desequilíbrio, ao fanatismo, à preguiça...
Onde vamos parar assim? Fico aqui maquinando, tentando entender onde foi que a humanidade se perdeu, mas a resposta é sempre a mesma: preguiça e poder. O homem tem preguiça de fazer, por isso prefere caminhos mais curtos, para ter o tal poder.
É triste saber que meus filhos estão crescendo nesse mundo, ou se adaptam, ou vão sofrer demais, e conhecendo um pouco deles, já sei que nunca vão se acostumar com a maldade do mundo.

3 de janeiro de 2015

Chega

O ano mal começou e eu já estou cansada dele.
Já aconteceu tanta coisa que se for assim, não sei se vou querer estar nele no final.
Coisas sem solução aparente, sem saída, e pelo menos eu gostaria de me encontrar.
E assim, sigo com minhas preces.

1 de janeiro de 2015

Dói

No corpo, na alma, no coração.
Preciso me controlar e dar segurança para quem precisa de mim.
Meu pai, meu Deus, preciso muito da sua ajuda, como nunca precisei.
Seis meses que tudo aconteceu, ta bom, não aguento mais, agora preciso da minha paz de volta.