Dias cinzas como hoje,me fazem repensar o objetivo de ser e estar.
Onde vamos parar?
Não por falta de fé, muito menos por falta de trabalho, mas falta algo, e é esse algo que eu não encontro, que não descubro, que eu não acerto.
Quem tem amigos tem tudo, diz o ditado, mas até quando eu preciso pedir socorro? Até onde eu vou errar? Até onde eu preciso chegar para descobrir onde eu acerto? A que custo?
Não só por mim, mas por todos que estão perto, pelos meus filhos e pelo meu marido principalmente.
Certos dias dói tudo, dói a casa, dói o filho, dói a perda, dói e eu não sei como fazer analgesia.
Preciso organizar, preciso de ajuda, preciso de mãe.
Quero deitar no colo de alguém e chorar, sem ter que falar nada, só chorar, pra ver se tudo vai embora, se pelo menos eu limpo os olhos, para poder ver o que me falta.
O que falta em mim, aqui dentro, o que não me faz suficiente , o que me leva para trás e por fim, pôr fim à esse interminável circulo vicioso.
Tenho meu amor de cinema, tenho meus filhos sonhados, tenho amigos fiéis, mas não tenho ordem para eles, não tenho juízo , diriam alguns, não tenho ambição diriam outros, eu digo, não tenho algo , mas não sei o que.
e assim, eu sigo, pedindo o meu sinal, minha ordem, e um colo para chorar.
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