19 de outubro de 2006

A odisséia da Paulicéia


No final da tarde aquela moça (eu) que é um pouco autista e tem um básico disturbio de atenção resolve andar pela Av. Paulista... já que tinha que fazer hora até as 20h ...

Como não poderia ser diferente, carregava a tira-colo seu parceiro de (des) aventuras... aquele mesmo pobre moço do post sobre o livro que eu comprei.... pobre mesmo..pq cada dia eu estou pior...

Atrevessavamos a rua, qndo por nós passa uma moça... PERAI... a historia não tem graça se eu não descrever a moça e suas vestes.... trajava uma micro saia branca, transparente, que deixava à mostra a popinha do bumbum...uma mini blusa preta decotada, onde cabia apenas o bico dos seios... pois o resto estava pulando pelos lados.... suas perninhas eram tortas... e o toque de final estava em seu delicado rosto.... queixo projetado para frente, nariz esculpido com toda perfeição tal qual uma bruxa de filmes de terror, e seu cabelos loiros destruidos pela quimica do Blondor....
Quando ela passou, cutuquei meu querido companheiro de viagem neste planeta, e mostrei a moça... qndo um rapaz, não feio, pergunta as horas para a moça, que o ignora e passa direto..
O rapaz desiste de atravessar a rua e volta atras da nossa loira.... e começa a conversar....
Eu seguro o braço de meu fiel escudeiro e peço para que diminua o passo, pois eu queria ver essa história.. quando os dois resolvem parar, e tivemos que ultrapassa-los.... no exato momento da ultrapassagem o rapaz tentar beijar a moça.... detalhe: ele carregava uma enorme aliança de ouro na mão esquerda.... a essa altura do campeonato ela já estava convencida de que era gostosa pra caralho, e ele um loser completo..pq foi rejeitado em plena Av. Paulista...
Mas eles continuaram ali conversando... e eu?? Como ficaria ??? Precisava saber o fim dessa historia.. ele a beijaria? Ela cederia aos encantos do rapaz??? Foi quando avisto tres orelhões desocupados, e arrasto o meu admiravel e paciente parceiro para o telefone.... era a solução do meu problema.. ficaria ali fazendo de conta que estava ligando, enquanto assistia de camarote os dois em seu ritual de acasalamento....

Essa foi a cena do ano...

Imagine um cara tentando agarrar a moça no meio da Paulista.. ela gostando e se fazendo de dificil... e perto dali um cara impaciente tentando arrastar sua autista velha de guerra que estava no orelhão a assistir o casal???

Não sei se o mais engraçado era a cena q estava vendo, ou a cena que eu construi...engraçado??? Bizarro????

A cena prossegue... ele investindo na moça, a moça parada de pernas abertas e mãos na cintura se fazendo de dificil, eu no orelhão observando e o pobre rapaz me pedindo pra ir embora....
Ele dá o numero do celular para moça, a moça passa o seu numero pro rapaz.. nesse momento ela já havia me notado... ai meu Deus a farsa do tefonema está quase sendo descoberta...
Cada um foi pro seu lado, e eu desliguei o telefone.... e fomos andando com passos lentos atras da moça... ela olhava para tras, e nós faziamos cara de paisagem ....não sei se por medo, ou se seu destino era aquele predio, a moça entrou rapidinho e nós fomos embora......

Não sei se eles se ligaram, mas a cena foi otima de se ver, entramos no metro, e eu começo a viajar em minhas pirações e externar cada uma delas... ensino a ele como rir sozinho olhando as caras das pessoas, e tentando descobrir o que cada uma pensa, rir com as roupas engraçadas, e se sensibilizar com os rostos sofridos....
Ensinei tambem como ficar louco..... se desligando do que via e prestando atenção em todos os barulhos possiveis.... um inferno de vozes, conversas paralelas, risos, celulares, gritos, passos, risadas... ele pirou.. acho que nunca mais fará isso em sua vida......
Desci no metro clinicas.....onde sozinha, andei muito.. olhava as pessoas , e ria sozinha com as imagens que via, quando paro para atravessar a Teodoro Sampaio, onde tem um boteco.....olho pra dentro do estabelecimento e vejo algumas mulheres, acima do peso normal, com a taxa etílica altissima e roupas de lycra ( lycra é da Dupont) dançando na boquinha da garrafa,... e cantando.... eu ria sozinha da cena, pq alem disso, varios bebados do boteco, olhavam as mulheres e riam tbm... achando a cena bizarra......

Sigo até meu destino... e espero meus amigos chegarem e enquanto espero.. começo a advinhar como as pessoas fazem manutenção no telão da Henrique Schaumman, e como uma retardada mental... fico olhando para cima e viajando na estrutura.....

Graças a Deus eles chegaram logo, corri o grave risco de ser presa e internada no primeiro hospital de louco perto dali......

Um comentário:

Lela, a Magnânima disse...

Sinto que de um jeito ou de outro eu contribuí para esse texto...hehehehehehehehehehehe

Adoreeeeeeeiiii

Beijos
;*